Missa pelo Centenário de João Baltazar de Mendonça

Missa pelo Centenário de João Baltazar de Mendonça

Aconteceu na manhã do dia 24 de janeiro de 2021 uma missa como parte das comemorações do Centenário do senhor João Baltazar de Mendonça, que ocorreu na última quarta-feira (20). A celebração foi realizada na Matriz do Divino Espírito Santo -PB, em Cruz do Espírito Santo e teve como celebrante o Padre Cícero Salvador. 

Estiveram presentes a viúva senhora Edite Farias de Mendonça, os filhos Maria Aparecida de Mendonça, com filho João Paulo e esposa Rosangela e filho Joaquim; e esposa Aniere Abilio Neto,  Maria Ester de Mendonça, com o Esposo Edmilson Barbosa e Filhos Carlos Eduardo e Renata; Francisco Xavier de Mendonça com a Esposa Glória Meireles e filha Vitória Estefani, Maria Helena de Mendonça com o Esposo José Carlos e a filha Karla e neto Davi, Antônio Carlos de Mendonça com a esposa Glória Galdino e filhos George Carlos e Gerlane namorada, Madalena Edite, Daniel Baltazar de Mendonça não compareceu  com também João Batista de Mendonça casado com Maria Eugenia, porque os mesmos reside em Palma -TO.  

No termino da missa o Filho Beto Mendonça foi chamado pelo Padre Cícero Salvador para falar um pouco sobre a homenagem e sua importância para esposa, filhos netos, noras, genros e amigos da família. Na ocasião foram distribuídos entre os presentes folders com relatos bibliográficos do homenageado. Em seguida a família foi recepcionada com um café da manhã na residência do filho Beto que mora em Cruz do Espírito Santo.

Os filhos falaram um pouco sobre alguns momentos marcantes na convivência com o pai que faleceu no dia 30 de março de 2000, onde no ano presente fará 20 anos do seu falecimento. 

A filha Maria Aparecida de Mendonça (Cida)

“A lembrança que eu tenho do meu pai era quando a gente ia para barraca que tinha na feira livre da Usina Santa Helena, eu e Batista éramos os maiores, a princípio tinha tio Zé e depois também Badinha que ajudava e depois íamos eu e Batista.  Recordo-me que arrumava as mercadorias para colocar na rural. Lembro também quando papai adoeceu e Batista nem sabia dirigir direito, mas a gente ia fazer a feira do sábado e domingo, parece estava com um problema nos pés. Nesse período Batista não sabia dirigir direito ainda muito cangueiro, mas mesmo assim a gente ia. Quando a gente ia para festas junto com Batista então ele dizia que era para chegar cedo para ir para barraca para feira do domingo. Lembro também dos conselhos ele sempre procurou orientar os filhos no caminho do Senhor, mesmo com todos filhos pequenos colocava na rural e levam para a celebração da semana santa em Cruz do Espírito Santo.  Era um homem sábio de muito ensinamento e que sempre ajudou aqueles mais necessitados, um bom exemplo a ser seguido’’.      

João Batista de Mendonça (Batista)

“É mais que uma história é uma lição de vida que ainda hoje vive em meus sentimentos. O ano era 1977, quando meu pai (João Baltazar) ficou doente e precisou se ausentar dos trabalhos e ofícios. Eu como sendo o filho mais velho tive de assumir os negócios da família, que seria o trabalho no campo e na Barraca nos sábados e domingos. Minha irmã Aparecida por ser a filha mais velha entre as mulheres assumiu os trabalhos mais voltados para a casa, domestico ao lado de mamãe.

 Em todo esse contexto acabei amadurecendo em vários sentidos, assumindo responsabilidades e construindo confiança em mim mesmo. Em todo esse processo fui enfrentado barreiras e superandos meus medos. Essa oportunidade me fez um homem melhor e ajudou em toda minha vida no sentido profissional. Meu pai foi o meu exemplo, meu espelho e quem me ensinou a trilhar caminhos difíceis da minha jornada. A palavra vai além de gratidão, o sentimento de amor eterno.’’  

Maria Ester de Mendonça (Té).

Palavra ditas por meu pai que marcou muito na minha vida, em tudo que for fazer, peça orientação divina, não tem como errar, leiam as escrituras, onde se encontra todo os ensinamentos para viver bem, sejam obedientes, honestos, honre pai e mães e será feliz. Ele falou essas palavras para todos os filhos, muitas vezes quando erramos foi a desobediências mesmo.”

Francisco Xavier de Mendonça (Beto)

“ Quero definir meu pai em duas palavras Honestidade e solidariedade lembro muito como ele tinha o prazer de ser justo com as pessoas, na venda  (como era chamada as pequenas mercearia) em casa e na barraca na feira livre da Usina Santa Helena, sempre buscava vender com o peso correto, às vezes quando não era pesado por ele, costumava conferir o peso para não ser injusto com os seus clientes e trabalhadores.

Recordo que certa vez Tio Zé Baltazar o qual morava em Rio Tinto, questionando sobre o preço de alguns produtos e o peso correto, afirmou: quem ainda faz questão de vender com o peso certo das mercadorias era João o Seu Irmão e um senhor que vendia na feira livre de sua cidade. Então esse seu exemplo faz uma diferença grande na minha vida e acredito também dos meus irmãos (as).

Sempre foi muito solidário com as pessoas, sentia prazer em ajudar a família como também as pessoas de maneira geral. Lembro que quando acompanhava ele aos domingos na Rural (carro muito usado nas décadas de 60 ,70 80) indo a Cruz do Espírito Santo levar a feira para seu pai Antônio Baltazar, porque nessa época os aposentados do FUNRURAL (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) recebia apenas meio salário e não era suficiente para manter as despesas do meu avô e sua companheira dona Severina.

Essa atitude do meu pai era muito louvável porque os filhos devem ajudar aos pais principalmente quando estes não possuem a condições dignas para viver. Acredito que os filhos possuem por obrigação ter a consciência de contribuir para uma vida plena para seus pais, ajudando sempre que for necessário e não apenas financeiramente, mas contribuindo para um ambiente de paz e harmonia para lhe proporcionar uma velhice tranquila.

 Trouxe seu irmão mais velho para morar em um terreno de sua casa em Sapé, porque o mesmo passava por momentos de dificuldades.  Lembro que certa vez minha Irmã Cida falou que nosso Tio Valentin argumentou “nunca imaginou que seria tão feliz na sua vida” referindo ao período que estava vivendo vizinho a minha irmã e minha Tia Terezinha, pelos cuidados e atenção que resume em uma palavra, amor”. 

 Outra lembrança que tenho que tenho é sobre a enchente do Rio Paraíba de 1977, deixou várias pessoas desabrigadas em Cruz do Espírito Santo – PB, Papai preparou alguns alimentos para fazer doação, mesmo sabendo que essas pessoas recebiam ajuda do governo estado, mas ele sempre teve uma preocupação de fazer a sua parte.  O mundo seria melhor se tivessem mais pessoas assim, que reclamasse menos e fizessem mais em prol do seu semelhante. Segundo Gandhi “seja você a mudança que você quer ver no mundo”.  Tenho várias lembranças boas do meu pai, que continuarei escrevendo na continuação da merecida homenagem do seu Centenário, mas tenho lembrado semanalmente nos momentos da missa dominical, dele e de alguns familiares que não estão mais conosco, mas tenho recomendado ao plano de Deus.

Maria Helena (Lala) É um grande prazer fala de um grande homem que fez parte da minha vida, meu pai João Baltazar de Mendonça, Ele era um exemplo de homem, respeitoso e honesto, pai com seu jeito calado, retraído, mas demostrando de alguma forma o amor e cuidado pelos sete filhos.

Meu pai gostava muito de ler, pois a Bíblia era seu livro preferido e desta forma procurava passar seus entendimentos aos filhos e pessoas ao seu redor. Os domingos sempre eram motivos de alegria, onde faziam o encontro de filhos e netos em sua casa. Agradeço a Deus o pai que ele me concedeu e sou grata pelos seus ensinamentos.”

Antônio Carlos de Mendonça (Tonho)

“uma lembrança que eu tenho do meu pai, era quando ele precisava sair para resolver alguma coisa na cidade, ele pediu para eu ficar acompanhando seus trabalhadores mesmo ainda adolescente.’’

Daniel Baltazar de Mendonça.

“Ele gostava muito de ler. Principalmente a Bíblia, além de um livro que narrava histórias bíblicas. Certa vez que ele chegou até mim, abriu o segundo livro supracitado, e pediu para eu lesse dois tópicos, foram os seguintes: O sonho de Nabucodonosor; O sonho do rei é interpretado por Daniel. O primeiro está relacionado a Nabucodonosor, rei da Babilônia, que sonhou com uma grande estátua que diante dele e tinha a cabeça de ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e as coxas de bronze e os pés de ferro e barro. A estátua foi destruída por uma pedra que foi cortada de um monte, sem auxílio de mãos.

O segundo, Deus revelou ao profeta Daniel através de visão o significado do sonho, onde a cabeça de ouro representava o reino da Babilônia, o peito e os braços de prata representavam o reino Medo Persa, o ventre e as coxa de bronze representavam o reino da Grécia, e os pés de ferro e barro representavam o Império Romano e a pedra que foi cortada sem mão, e que atinge os pés da estátua, Daniel interpretou como sendo o estabelecimento do reino eterno de Deus. Os tópicos supracitados estão no Antigo Testamento, no livro do profeta Daniel, capítulo 2.”

Temos também um depoimento do primeiro neto do senhor João Baltazar, Abilio Neto

“A lembrança que eu tenho de meu avô Baltazar era os ensinamentos sobre obediência a fé em Deus, respeito honestidade, era muito pequeno não tenho muitas lembranças, mas, lembro muito bem disso. Hoje quando chego numa oficina ou casa de peça e as pessoas me pergunta de qual família eu sou, então eu digo que sou neto de João Baltazar, neto do senhor João esse presta, essas referências são algo que me dá muito orgulho em saber o legado que meu deixou para toda família. 

A celebração da memória do senhor João, acontecerá durante todo o ano de 2021, com entrevista dos amigos e conhecidos para uma futura publicação de “vida e memória de João Baltazar de Mendonça” com previsão para o mês de agosto do corrente ano.             
 

 

Por: Beto Mendonça