5ª semana Eixo Educação e Direitos Humanos - A construção do pensamento antropológico

28/05/2020 16:10

A construção do pensamento antropológico

         O avanço colonialista europeus sobre a América, grande parte da África Ásia e Oceania, empreendido a partir do século XVI, não resultou apenas em dominações. Essas informações formam produzidas desde o começo das explorações europeias, mas só no século XIX, com o avanço do imperialismo europeu, foram sistematizando por meio de estudo científicos.

            Essa documentação sobre populações nativas diversas, somada ao interesse das sociedades colonialistas em ampliar suas formas de dominação, gerou a produção de um conhecimento que hoje chamamos de antropológico.

            De um lado, administradores coloniais, missionários religiosos e comerciantes (agente das conquistas realizadas entre os séculos XVI e XIX) tinham interesse prático em conhecer melhor aqueles que chamavam de “primitivos”. Para os administradores coloniais, isso ajudavam a domina-los; para os missionários, ajudava a converte-los; para os comerciantes, ajudava a produzir riquezas em benefícios próprios a partir do encontro com os “selvagens”.

            Por outro lado, os cientistas que passaram a estudar essas populações partir do século XIX pretendiam entender aa história da humanidade.  Os cientistas tentaram sistematizar o conhecimento das populações distas selvagens em narrativas que podem ser consideradas histórias de evolução: Imagine uma escada na qual as sociedades são organizadas da “mais simples” para a “mais complexa”. Aqueles intelectuais olhavam para os dados coletados pela empreitada colonial, determinavam quais as sociedades consideram mais simples e quais seriam mais complexas e as distribuíam em uma escada evolutiva.

Lewis Henry Morgan (1818-1881) antropólogo norte americano divide a história da humanidade em três etapas: Selvageria, barbárie e civilização. Morgan foi um dos principais teóricos desse momento do conhecimento antropológico. Entre outros intelectuais podemos citar o inglês Edward B. Tylor (1832-1917) e o escocês James George Frazer (1854-1941). Entretanto apesar das discordâncias, todos esses autores partiam da ideia de progresso. Ou seja, pressupunha que as diferentes sociedades sempre avançavam em direção ao que chamavam de civilização.

Aqui surge uma questão que deve nos acompanhar por todos o livro: para que serve o conhecimento produzidos pelas Ciências Socais? Veremos, em contrapartida, que esse mesmo conhecimento também gerou, por exemplo, defensores dos direitos de populações em risco, como as indígenas.

O evolucionismo social (nome dado à corrente de pensamento baseada em teorias que se apoiavam em narrativas de evolução). Para muitos, as teorias do evolucionismo social não passam de ironia, como se o dominador dissesse ao dominado: “não é bem uma dominação; estamos apenas civilizando, e isso é um favor”. 

Os adeptos das teorias evolucionistas estavam convictos que a escaladas para o progresso só poderia se dar em um sentido: os europeus e seus descendentes brancos eram civilizados e todos os demais eram atrasados. Essa forma de pensar tem um nome etnocentrismo. 

Referência

 MACHADO, AMORIM, BARROS. Sociologia hoje, Ensino Médio 2ª ed., Ática, São Paulo – SP, 2016.

Atividade sobre construção do pensamento antropológico

 

  1. Ler o texto e retirar as ideais principais  do autor, dos 8 parágrafos em forma de resumo.