230 anos que foi adicionado a palavra Cruz ao nome da cidade de Espírito Santo

06/03/2020 20:17

A cidade de Cruz do Espírito Santo localizada na Região Metropolitana de João PessoaEstado da Paraíba. Fica a 25 km da capital. Sua população em 2012 foi estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 16.317 habitantes, distribuídos em 195 km² de área.  As cheias do Paraíba que frequentemente ocorreram e que danificavam a cidade de Cruz do Espírito Santo, por esta localizada à margem esquerda, têm sido um fator de desassossego para sua população. No ano de 1789 existiam algumas casas onde hoje se localiza a cidade, uma grande cheia ocorrida neste ano trouxe uma grande Cruz de madeira que ficou encalhada, após baixarem as águas, no local onde hoje se encontra a Praça Lourival Lacerda. Antiga Praça Rio Branco, o local passou a ser chamado Cruz; surgiram mais alguns casebres e com o decorrer dos anos, ali foi construída a primeira capela. Hoje Matriz do Divino Espírito Santo que este ano completou 136 anos de sua construção. No ano 2019 fez 230 anos deste acontecimento que marcou a História da população de Cruz do Espírito Santo.

Nesse mesmo período acontecia na Europa um fato histórico que se tornou um referencial de luta por liberdade mundial,  a Revolução Francesa a situação social da França era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luís XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha.  A Queda da Bastilha aconteceu em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.

No Brasil com base nas ideias iluministas surge um movimento denominado A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português. Foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria com os abusos políticos e com a cobrança de altas taxas e impostos. Além disso, a metrópole havia decretado uma série de leis que prejudicavam o desenvolvimento industrial e comercial do Brasil.

No ano de 1785, por exemplo, Portugal decretou uma lei que proibia o funcionamento de indústrias fabris em território brasileiro. O grupo, liderado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes, era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, entre outros representantes da elite mineira. A ideia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema de governo republicano em nosso país.

Sobre a questão da escravidão, o grupo não possuía uma posição definida.  Estes inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que tardia).

 Em 1755 as capitanias da Paraíba e Ceará foram anexadas à Pernambuco, a Capitania de Rio Grande do Norte já era anexadas de modo que a preponderância econômica de Pernambuco em todo o Nordeste Oriental se fez naquele período igualmente política. Em 1756, de acordo com os planos de reestruturação econômica do Império Português, realizado pelo Marquês de Pombal, foi criada a madeira de lei, foi despachada para Pernambuco e dali embarcada para reconstruir a Capital do Reino (Lisboa), destruída pelo terremoto de 1755. As madeiras eram ainda destinadas aos armazéns da Marinha Real onde foram empregadas na construção de navios de grande calado.

Nesse ano de 1789 a Paraíba estava anexada a Capitania de Pernambuco que aconteceu de 1755 a 1799 um período de 44 anos.  O relatório de Fernando Delgado, foi enviado a Lisboa a nove de janeiro de 1799, tendo finalmente chegado a Carta Régia que separava a Capitania da Paraíba da de Pernambuco, em Recife, a 17 de janeiro do mesmo ano, o que demonstra a intenção de separar as duas capitanias, pois o relatório ainda não havia chegado a Lisboa quando a carta da desanexação chegou a Recife.

 Na referida carta, os motivos alegados para a desanexação foram o aumento da população, cultura e comércio da capitania e a distância e ignorância do General de Pernambuco sobre os assuntos internos da Paraíba. Sendo assim, o Príncipe Regente ordenou a desanexação e o estabelecimento do comércio direto entre a capitania e o reino, mas manteve sob o controle de Pernambuco a responsabilidade pela defesa externa e interna da capitania.

 

Referencias

https://www.sohistoria.com.br/ef2/inconfidencia/

.wikipedia.org/wiki/História_da_Paraíba

www.suapesquisa.com

Pesquisa: Professor Francisco Mendonça