129 anos de nascimento do poeta paraibano do século Augusto dos Anjos

20/04/2013 08:01

 

 

Biografia de Augusto dos Anjos:

 

  

Augusto dos Anjos (1884-1914) foi um poeta brasileiro. Sua obra é extremamente original. É considerado um dos poetas mais críticos de sua época. Foi identificado como o mais importante poeta do pré-modernismo, embora revele em sua poesia, raízes do simbolismo, retratando o gosto pela morte, a angústia e o uso de metáforas. Declarou-se "Cantor da poesia de tudo que é morto". O domínio técnico em sua poesia, comprovaria também a tradição parnasiana. Durante muito tempo foi ignorado pela crítica, que julgou seu vocabulário mórbido e vulgar. Sua obra poética, está resumida em um único livro "EU", publicado em 1912, e reeditado com o nome "Eu e outro poemas".

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (1884-1914) nasceu no engenho "Pau d'Arco",Cruz do Espírito Santo, na Paraíba. Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos, recebeu do pai, formado em Direito, as primeiras instruções. No ano de 1900, ingressa no Liceu Paraibano e compõe nessa época, seu primeiro soneto, "Saudade".

Augusto dos Anjos, ingressa na Faculdade de Direito do Recife em 1903 e em 1907, formado em Direito, retorna a João Pessoa, capital da Paraíba, onde passa a lecionar Literatura Brasileira, em aulas particulares.

Augusto dos Anjos é nomeado, em 1908, para o cargo de professor do Liceu Paraibano mas, em 1910, é afastado do cargo. Nesse mesmo ano casa-se com Ester Fialho e muda-se para o Rio de Janeiro, depois que sua família vendeu o engenho Pau d'Arco. Em 1911 é nomeado professor de Geografia, no Colégio Pedro II.

Durante sua vida, publica vários poemas em jornais e periódicos. Em 1912 publica seu único livro "EU", que causou espanto, aos críticos da época, diante de um vocabulário grotesco, na sua obsessão pela morte: podridão da carne, cadáveres fétidos e vermes famintos. Como também por sua retórica delirante, por vezes criativa, por vezes absurda, como neste trecho do poema "Psicologia de um vencido": "Eu, filho do carbono e do amoníaco,/ Monstro da escuridão e rutilância,/ Sofro, desde a epigênese da infância,/ A influência má dos signos do zodíaco".

Em 1914, Augusto dos Anjos é nomeado Diretor do Grupo Escolar Leopoldina, em Minas Gerais, para onde se muda. No dia 12 de novembro, desse mesmo ano, depois de uma longa gripe, falece de pneumonia, com apenas 30 anos de idade.