11ª Semana Eixo Educação e Direitos humanos Classe social, pobreza e Exclusão social

13/08/2020 05:55

Desigualdade social no Brasil

O Brasil encontra-se na faixa dos países com alto índice de desigualdade social. Entre os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China, países com elevado índice de crescimento econômico e potencialidade de crescimento para as próximas décadas), o Brasil é o país com maior desigualdade social. Enquanto Índia, China e Rússia ocupam, respectivamente, 34º, 90º e 93º lugares, o Brasil está em 120º no ranking de 127 países feito pelo Ipea, em 2004, sob a medição do coeficiente de Gini. A favela de Paraisópolis (São Paulo) está localizada ao lado de condomínios de luxo. A paisagem ilustra a desigualdade social brasileira.

Dados expostos em matéria do periódico online G1 mostram que, em 2017, o Brasil foi classificado como o 10º país com maior desigualdade social em um ranking de 140 países. A pesquisa apresentada na matéria foi coordenada pelo ex-diretor do Ipea e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A matéria aponta que dados levantados pela Oxfam (uma confederação internacional com mais de 3000 membros que estuda e luta contra a pobreza no mundo) mostram que os seis maiores bilionários brasileiros concentram, juntos, a riqueza da metade da população brasileira. Isso significa que, em um país com aproximadamente 210 milhões de habitantes, seis deles possuem a riqueza equivalente a de outros 105 milhões.

O Brasil é o país que mais concentra riqueza entre o 1% mais rico na América Latina, tendo seu coeficiente de Gini mais baixo entre os países latino americanos, ficando atrás apenas de Colômbia e Honduras.

Acesse também: IDH do Brasil: valor atual e seu significado prático

Ao longo da história contemporânea, a preocupação com a desigualdade social começou a surgir, dando lugar a teorias que visavam reduzir ou eliminar as diferenças econômicas entre ricos e pobres. Assim tiveram origens os ideais socialistas, que visavam uma forma de organização estatal capaz de promover a igualdade econômica.

As primeiras formas de socialismo, hoje chamadas de socialismo utópico, não expressaram qualquer indício de prática. O socialismo científico foi a forma mais desenvolvida de economia socialista proposta no século XIX pelo filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx e pelo economista e escritor alemão Friedrich Engels.

Existe também a perspectiva anarquista, embasada principalmente nos estudos do filósofo, sociólogo e economista francês Pierre-Joseph Proudhon e do filósofo e teórico político russo Mikhail Bakunin. Segundo a teoria anarquista, o Estado deve ser abolido completamente e, junto a ele, abole-se o capitalismo. As entidades estatais seriam substituídas por sistemas de assembleias e pela autogestão popular para a tomada de decisões políticas. A economia capitalista daria lugar ao sistema de cooperativismo.

Outras perspectivas ganharam destaque no século XX e ainda se mantêm no século XXI. Trata-se do conjunto de ideias chamado de reformismo — são perspectivas políticas que colhem elementos socialistas e capitalistas, visando manter a economia regida pelo sistema capitalista, mas com ideias de redução da desigualdade social e de redistribuição de renda via atuação estatal. Uma dessas perspectivas é a social-democracia, sistema político econômico adotado em países europeus, como Noruega, Finlândia e Suécia.

Desigualdade social para Karl Marx

Marx e Engels fundaram uma teoria baseada na abolição do capitalismo com o aparelhamento do Estado em favor do proletariado e na estatização de toda a propriedade privada. Para Marx havia uma absurda exploração da classe trabalhadora (o proletariado) por parte da classe dominante (a burguesia, ou seja, os donos dos meios de produção).

A teoria marxista foi classificada como socialismo científico por apresentar, pela primeira vez, uma base de estudos para justificar e amparar o pensamento socialista. No século XX, várias tentativas de implantação do socialismo de viés marxista foram postas em prática, porém críticos apontam o fracasso delas por não acabarem com a desigualdade (em alguns casos até acirrá-la pela corrupção) ou por criarem situações de extrema miséria.

No entanto outros críticos rebatem essas visões alegando que as experiências socialistas iniciadas no século XX desviaram-se dos ideais marxistas. Podemos elencar, como os maiores exemplos de experiências de socialismo com embasamento marxista os casos da União Soviética, da China e de Cuba.

 

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/desigualdade-social.htm acessado dia 22 de julho 2020

Atividade sobre desigualdades social no Brasil

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